30 de junho de 2011

Uma simples frase

É incrível e irritante como uma simples frase pode sugar o resto do dia. Um diálogo incompleto gera um bloqueio de escritor. A solução: pular para a continuação que já está na mente e depois com calma retornar àquela bandida frase tão insignificante e tão importante!!!!

27 de junho de 2011

Dialogo x Descrição

O capítulo 17 saiu do forno. Alguns diálogos tensos que drenam a energia de quem escreve. Sempre depois de uma cena assim eu tenho que fazer algo completamente diferente e não-cerebral. Pego meu cachorro e vou dar uma volta. A cabeça areja e a energia é descarregada no espaço.

Uma das coisas que mais gosto de fazer é escrever diálogos e confesso que uma das coisas que menos gosto de escrever são descrições. Estou absolutamente tentada a experimentar a minha mão em scripts após este livro...

23 de junho de 2011

Narrativa ou flashback

Um dos dilemas que estou enfrentando agora é como contar um pouco do passado dos personagens. A narrativa é uma opção... uma pessoa, ou o próprio personagem, narra a sua história passada para outro personagem (como aqui o livro é em 3a pessoa, isso se dá através de diálogos).

A outra opção é iniciar um diálogo e cortar para o flashback... acho que essa opção é interessante quando há muita informação ou uma boa cena para passar.

Vou tentar o flashback. Se não der certo, corta tuda para diálogo!!! Fazer o que?

21 de junho de 2011

Storyboard

Hoje eu tive que parar e criar um storyboard para o livro. Lembrei-me dos tempos de infancia e saí desenhando calungas e quadrinhos para montar a sequencia dos acontecimentos.

Maravilha, descobri alguns buracos que precisam ser preenchidos. Achei alternativas para esses buracos que ainda precisam ser trabalhadas. Um passo de cada vez!!! Só não posso divulgar o meu storyboard aqui... quem sabe um pedacinho. Vou ver se minha capacidade tecnológica em computador permite isso...

15 de junho de 2011

Flashbacks

Estou brigando com alguns flashbacks da vida de Padre Lucas. A coisa mais difícil é conciliar essas memórias na história sem fazer com que elas se pareçam um momento à parte. Outro truque é o modo como você retorna ao tempo atual.
Essa é a minha briga de hoje... e tudo isso na louca Amsterdam!

13 de junho de 2011

Uma mensagem misteriosa

Um envelope com um cartão. Escrito nele somente o seguinte:  Ezequiel 28: 13, 15 e 16. Padre Lucas procura a Bíblia e lê a passagem indicada:


13 Estavas no Éden, jardim de Deus,
estavas coberto de gemas diversas:
sardônica, topázio e diamante, crisólito, ônix e jaspe,
safira, carbúnculo e esmeralda; trabalhando em ouro.
Tamborins e flautas estavam a teu serviço,
prontos desde o dia em que foste criado.

15 Foste irrepreensível em teu proceder desde o dia em que foste criado,
até que a iniquidade apareceu em ti.

16 No desenvolvimento do teu comércio,
encheram-se as tuas entranhas de violência e pecado;
por isso eu te bani das montanhas de Deus,
e te fiz perecer, ó querubim protetor, em meio às pedras de fogo.

O que isso significa? Quem enviou o envelope?

9 de junho de 2011

Capítulo 12

Terminei o capítulo 12. Um dos mais pesados e intensos que escrevi até agora. Para escrever um bom diálogo é preciso entrar na pele do personagem e sentir com ele as forças das palavras e as emoções .... e fazer isso entre o "mocinho" e o "bandido" (estarão mesmo estes papéis 100% no local correto?) é realmente extenuante!!!

Principalmente quando as emoções tomam conta do diálogo e fatos do passado ressurgem .....

PAUSA! Acho que vou me recuperar ouvindo a voz suave do padre Fabio de Melo...

7 de junho de 2011

Confissão de culpa

Somente a confissão da culpa não é suficiente para condenar uma pessoa. Há vários motivos - a maioria deles psicológico - para um indivíduo confessar um crime que não cometeu. Lendo "The White Tiger" descobri um desses exemplos, onde o personagem principal, o chofer, é quase forçado a assumir um crime que não cometeu.

Investigando mais a fundo sobre a confissão, recebi do Juiz Federal Dr. Ney de Barros Bello Filho a seguinte informação: "A expressão antiga que se usava para confissão é "prostituta das provas", exatamente por que não fornece certeza do ocorrido. Não é possível condenar, no direito penal moderno, exclusivamente com base na confissão. Outras provas teriam de indicar que foi ele o autor. O direito penal move-se pelo principio da "verdade real", não da "verdade formal", por isso a confissão sozinha não vale."


E da Dra. Daniella Ribeiro, formada em Direito e funcionária da Justiça Federal: "a confissão não pode ser considerada prova absoluta, in casu, porque pode objetivar proteger o verdadeiro autor do delito. A confissão, por si só, é um elemento indiciário que pode permitir a prisão cautelar, de acordo com a lei local. A liberdade privisória dessa pessoa depende da lei processual local, nada indicando que a simples confissão seja prova absoluta para viabilizar a condenação. Para tal ocorrer, necessário se faz que outras provas sejam encontradas, ou, pelo menos, indícios convergentes com tal versão."

E, em se tratando de uma confissão a um padre? Gerará mais credibilidade?

Obrigada, Dr. Ney e Dra. Daniella, pelas suas contribuições como consultores para O Jardim de Deus.

6 de junho de 2011

Pesquisa e mais pesquisa

Hoje foi praticamente só o que fiz... pesquisa e mais pesquisa. O pior foi ter que assistir a 1 vídeo amador de um batismo inteiro somente para ter alguns vislumbres da igreja católica em Ameland. Afinal de contas é lá que Padre Lucas vive alguns momentos de muita angústia.

Eis aqui uma foto da igreja:


Mas não se preocupem, vou poupá-los do link do batismo!!!!

5 de junho de 2011

Quem é padre Lucas afinal?

Passei hoje o dia conhecendo melhor padre Lucas. Como funciona a agenda dele? O que ele gosta de vestir? Ler? Fazer? Alguma dessas questões eu já sei, mas, aprendendo com os holandeses, uma agenda é bem prática. ;-)

Segunda feira tem missa? Ou ele ajuda no asilo? (Havia há algum tempo um asilo de refugiados em Ameland).
Terça feira tem reunião com os jovens? Ou com os adultos?

Eu que não tenho agenda fixa estou me desgastando com esta tarefa... mas descobri ser essencial para o desenrolar da narrativa ... blaaaarrrgh.... mas, a isso devo agradecer a minha metade holandesa (e ao exemplo dos meus amigos holandeses - alguns deles já seguindo este blog). Obrigada pelo apoio!!!

4 de junho de 2011

Em busca de uma rua...

Encerrado o Capítulo 11. Nunca pensei que fosse tão difícil encontrar o nome de uma rua em uma ilha tão pequena como Ameland. Mas enfim, achei. Graças à Internet que - posso dizer - é um instrumento indispensável aos escritores modernos. O Monumento aos Cavalos Afogados em 1979 fica no Tjettepad!!!!

Falando nisso será lançada uma história em quadrinhos sobre os Cavalos Afogados no dia 9 de junho próximo. O lançamento será - é lógico - em Ameland e a venda do álbum será exclusiva naquela ilha até outubro deste ano, quando então terá distribuição nacional. Eis o link com mais detalhes (infelizmente somente em holandês):

http://www.persbureau-ameland.nl/pages/nieuws.aspx?id=a35f5d3f-59c3-4b7b-82a1-648c22f32a8e

3 de junho de 2011

E foi assim que tudo começou....

Quando o Sier deixa o continente e corta as águas do Waddenzee, os passageiros a bordo do ferry-boat têm uma visão maravilhosa das cinco ilhas que formam uma barreira entre esse mar interno e o Mar do Norte, ao norte da Holanda. Foi em Ameland, uma dessas ilhas, que encontrei o cenário perfeito para desenvolver o drama que Padre Lucas vive em O Jardim de Deus. Mas a inspiração inicial saiu de uma pequena notícia na revista Newsweek. O século XXI presencia um fenômeno inverso ao do século XVI, quando os padres religiosos iam ao novo continente para colonizar os indígenas. Atualmente o novo continente é fonte de geração de padres católicos para a velha Europa. Padre Lucas segue esse fluxo e sai do Brasil para a Holanda, onde irá viver situações que abalarão sua fé...